Aumenta vacância em imóvel de aluguel no Rio

26/05/2020 | Aumenta vacância em imóvel de aluguel no Rio
Por thiago.kratz

Índice médio na capital foi de 14% em abril, contra 12,8% há um ano

Por Rafael Rosas — Do Rio / Valor Econômico I Empresas

 

Os efeitos da covid-19 sobre o mercado de aluguéis do Rio de Janeiro se apresentam na forma de uma vacância maior de imóveis. Pesquisa da imobiliária Apsa obtida pelo Valor mostra que em abril a vacância média de imóveis na capital fluminense foi de 14%, contra uma taxa média de 12,8% um ano antes.

Essa vacância varia de acordo com as regiões da cidade. Na Zona Norte chegou a 24% no mês passado, contra 22,1% um ano antes, enquanto na Barra da Tijuca e adjacências, na Zona Oeste, ficou em 9,5%, contra 9,1% em abril de 2019.

A pesquisa da Apsa - imobiliária com 8 mil imóveis em carteira, metade deles no Rio - mostra ainda a vacância da Zona Sul, de 10,8% ante 10,2% em abril de 2019, e da Tijuca e adjacências, de 10,9% ante 10,3% em abril do ano passado. Dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o mercado de aluguéis no Rio engloba 402 mil imóveis.

Giovani Oliveira, gerente-geral de imóveis da Apsa, afirma que o mercado vinha ensaiando uma recuperação no começo do ano, depois de uma persistente crise econômica nacional, mas especialmente profunda no Rio de Janeiro. Em fevereiro, a vacância chegou a 13,5% na cidade, depois de fechar 2019 em 14,4%, mas a covid-19 parou o movimento já em março, quando houve leve alta para 13,6%, patamar que alcançou 14% mês passado.

Oliveira afirma que ainda não é possível enxergar luz no fim do túnel para a melhora dessas taxas. “Está sem luz no início do túnel. Todo dia olhamos para o túnel, mas está difícil fazer projeção”, brincou o diretor da Apsa.

Ele lembra que o resultado de março voltou a aproximar a taxa de vacância de patamares recordes da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2016. As taxas de vacância mais altas registradas na capital fluminense foram de 15% em setembro de 2017 e 14,9%, em janeiro de 2018. Oliveira considera que um patamar considerado “saudável” seja entre 8% e 10%.

Ele lembra que no Rio 76,7% dos locadores de imóveis têm apenas uma propriedade, ou seja, utilizam os recursos obtidos com aluguéis para a subsistência mensal. “A economia vai passar por um empobrecimento, o desemprego vai aumentar”, diz Oliveira, afirmando que o cenário ainda contém muita “nebulosidade”. “É difícil projetar algo que seja positivo.”

Leo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, sindicato das empresas do setor de habitação, afirma que os negócios na cidade “de fato não retomaram”. “Eles [negócios] encolheram um pouco, com ‘lockdown’ em alguns bairros”, afirma.

Schneider ressalta que, no primeiro mês depois das medidas de isolamento, houve realmente a parada do mercado de aluguel no Rio. “Os primeiros 30 dias foram de pouquíssimos negócios, apenas os que já estavam em fase final”, explica, acrescentando que, depois desses primeiros 30 dias, “quem tinha que fechar negócio ou precisava alugar, começou a se mexer de novo”.

A partir daí, segundo o vice-presidente do Secovi, começou o que ele chama de “aumento da qualidade” da negociação. Em outras palavras, o número de pessoas procurando imóvel para alugar diminuiu, mas a chance de se fechar um negócio com quem procura, aumentou. “Quem tá procurando imóvel é porque realmente precisa”, afirma, ele, que lamenta a chegada da pandemia durante o período de recuperação do mercado imobiliário. “Esse ano, os dois primeiros meses vinham em posição muito otimista, de recuperação. Veio a covid-19 e começou a complicar. Tem mais devolução que aluguel de novos”, afirma.

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